Friday, January 12, 2007


Voltamos às aulas sobre algum do vocabulário português mais utilizado em situações de stress ou não tanto utilizado mas muito bem o poderia ser nessas mesmas situações. Surge-nos hoje então a palavra FLUXÃO: Afluxo de um líquido orgânico e particularmente do sangue ao ponto em que o chama qualquer causa de irritação. Temos também, numa versão mais moderna, o PONTO DE FLUXÃO: Temperatura mais baixa à qual um fluido ainda flúi quando arrefecido em determinadas condições. É um indicador da capacidade que um lubrificante ou um combustível petrolífero possuem de fluir a baixas temperaturas de operação. Ora, julgo que vale ainda a pena referir o FLUXÓMETRO: Aparelho para medir a velocidade de escoamento de líquidos (ver imagem). Espécie de galvanómetro para medir os fluxos magnéticos.Devemos todos meditar sobre estes termos!


PAISICAICO - O perfil


Divindade indígena
das Corgas Roçadas,
preces lusitanas
em pedras rasgadas.

Rasgadas por crentes,
feitos de temores,
que as almas libertam
bramindo clamores!

Traços, que o passado
devolve ao presente;
panteão castrejo
na terra fulgente!

Porto, 98/01/02

Sunday, January 07, 2007


O VINHO - Mito I (Ambliopia tóxica provocada pelo vinho) "O Dr. Lacat oftalmologista relata que a ambliopia tóxica tantas vezes encontrada na clínica resulta do vinho falsificado e não do uso do bom vinho natural. Acha disso a prova em serem os casos provenientes de pessoas que frequentam tabernas de categoria inferior, onde mais se pratica o vício de falsificar. Os raros burgueses que lhe apareceram atacados desse mal veio a saber que também entravam ou se abasteciam em fornecedores de bebida daquela ordem. Nos consumidores de bom vinhonunca encontrou aquela desagradável perturbação." J A Loureiro 1936 (continua)

O VINHO - Propriedades e Aplicações III (Diabetes) "Nesta doença que obriga a tão vasta exclusão de alimentos, o vinho apresenta vantagens que o recomendam, a ponto de ser lícito condensar o modo de utilizá-lo em fórmula sintética assim enunciada: o vinho é o pão dos diabéticos. Não é novo este modo de ver. Já em 1852 Bouchardat escrevia que "o vinho prepondera no regime da glicossuria e convenço-me de que prestei aos enfermos dêsse mal tamanho serviço suprimindo-lhes os feculentos, como substituindo-os pelo uso de bebidas alcoólicas". Sem dúvida que os conceitos patogénicos de Bouchardat não resistiram por completo à acção do tempo. Por isso não é ao vinho mas às gorduras que hoje vamos buscar a equivalência dos hidratos de carbone. A mudança não impede de manter no terreno prático o essencial da opinião daquele autor. Loeper escreve que "ninguém hoje contradiz o parecer de Bouchardat quando recomenda o vinho em dose regular como bom alimento para os diabéticos". Do mesmo modo se exprime During, de Hamburgo, muito seguido na Alemanha, em questões de diabetes; recomenda o vinho tinto em dose moderada. Outrotanto faz Benedict. E Labbé recomenda dar-se alcool sob a forma de vinho, ou aguardente. As vantagens do vinho nesta doença resultam da necessidade de constituir um regime de valor calórico elevado, sem recorrer aos hidratos de carbono e moderando o emprego das proteínas que não devem aplicar-se descricionariamente. Tais restrições não podem contrabalançar-se apenas com gorduras; seria imprudente abusar de substâncias dessa ordem. Só o vinho satisfaz este programa porque supre qualquer exigência metabólica sem agravar os desvios matabólicos fundamentais que constituem a base da doença. Vê-se pois que o vinho tem aplicação na diabetes em todas as oportunidades." J A Loureiro 1936 (continua)