Saturday, December 09, 2006


O VINHO - Propriedades e Aplicações II (Profilaxia do alcoolismo pelo vinho)
"Reconheceremos que não pode evitar-se, porque não existe força capaz de contrariar a exigência imperiosa dos sentidos, o uso de um elemento qualquer de excitação que ponha a vida a vibrar. É isso que se procura no ópio, peitol, coca, éter, álcool, sem atender ao dano consequente; é o que no vinho natural, não composto, se encontra inocente, salutar, único em termos de acatar a fisiologia, a higiene e outras forças chamadas à pendência. Talvez por os antigos se terem apercebido da maravilha complexa que manejavam, a consideraram um dom dos deuses. Os contemporâneos, guiados pela ciência, depois de demoradamente a analisarem, reconheceram-na como o produto mais perfeito para ajudar o homem a viver bem, por muito tempo. Conclusão: É permitido admitir na natureza do homem um estado de avidez, ou fome de excitante que os alcalóides e outras substâncias perigosas, muitas vezes são chamadas a saciar. O vinho possui o meio salutar de suprir aquelas faltas sem afectar a saúde e de combater a propagação do vício e doenças resultantes do uso dos tóxicos." J A Loureiro 1936 (continua)

Wednesday, November 22, 2006


BILHARDA
Voltando ao vocabulário português e baseado mais uma vez no Grande Dicionário da Língua Portuguesa de 1981, a palavra de hoje é bilharda, substantivo feminino: "Um pau adelgaçado por ambos os lados, com que os rapazes jogam fazendo-o saltar por meio de uma pancada com outro pau mais comprido, de modo que não caia na roda ou círculo que traçam no chão. O pau menor que entra nesse jogo. O mesmo que pénis". É curioso como é que tantas coisas vão dar ao pénis, mas esta da bilharda não lembra a ninguém e quanto ao jogo, enfim ... Curioso é que BILHARDEIRO é o vadio que joga à bilharda enquanto que BILHARDEIRA é mulher de levar e trazer e BILHARDONA é apenas mulher vadia, vá-se lá saber porquê!

Sunday, November 19, 2006


O VINHO - Propriedades e Aplicações
Após cerca de um mês de afastamento sabático do paisicaico, jalles regressa às lides para continuar concerteza com notas sobre o vacabulário português, mas iniciando também alguns comentários sobre o vinho. "O consumo de bebidas fermentadas e doutros produtos excitantes é comum, sob todas as latitudes, a todos os homens, qualquer que seja o seu grau de civilização. O problema levantado pela existência e a generalidade dessa prática não podia deixar de solicitar a atenção dos fisiologistas, dos médicos e dos higienistas. dentre as opiniões expostas destacam-se duas tendências principais: Uns condenam categoricamente o uso de todos os princípios capazes de produzir embriaguês, em nome dum certo conceito de normalidade fisiológica, diante do qual a perturbação do equilíbrio nervosso próprio da ebriedade significa um estado constantemente mórbido. Outros são mais indulgentes para esses produtos porque possuem propriedades terapêuticas, porque quási todos são capazes de diminuir as sensações penosas dependentes do cansaço ou da doeença e porque finalmente a tradição imemorial parece mostrar que se trata de uma necessidade natural do homem" J A Loureiro 1936 (continua)

Wednesday, October 18, 2006


Na continuação das aulas sobre algum do vocabulário português mais utilizado em situações de stress seja ele positivo ou negativo, vamos agora analisar a palavra: PORRA: (do latim. porru) Nome antigo de uma clava, espécie de pau curto, com cabeça, ou peça semelhante de ferro; cacete; barra.Modernamente, porra é plebeísmo obsceno, o m. q. pénis, e usado, em geral em forma de exclamação por: irra!, arre!, etc.Não sabemos o que terá transformado uma simples clava num plebeísmo obsceno ou até num pénis. Para isso junto uma imagem para meditarmos. A propósito, como já terão visto é melhor não se meterem com o carago...

Depois de algumas deambulações em França e na Alemanha, voltamos ao nosso pequeno rincão, cá na ponta ocidental da Europa, para uma pequena aula de vocabulário lusitano. E a primeira aula é sobre uma palavra nortenha, muito vilipendiada pelos mouros e como veremos já a seguir, sem qualquer razão. Ora bem, segundo o conceituado " Grande Dicionário da Língua Portuguesa", com a coordenação de José Pedro Machado, de 1981: CARAGO - Grande peixe seláceo da fauna marítima portuguesa, pertencente à família Lamnidae. Afinal não é nada do que estavam a pensar... Fica uma imagem do dito CARAGO.

Tuesday, October 10, 2006


FOUR DAYS IN THE "MERDE" III
Pode parecer um exagero dar tanta importância à minha passagem pelo pugatório, mas há algumas coisas didácticas nesta tormenta, que gostaria de compartilhar com quem tiver a gentileza de me estar a ler. Ora, uma coisa que eu me interrogava desde a minha chegada era porque é que as pessoas cheiram tão mal nesta terra. Seria por não se lavarem? Seria por usarem sempre a mesma roupa? Ou talvez pelo excesso de pêlos nas mulheres; ao terceiro dia, fez-se luz na cidade homónima (para os franceses, claro)o local mais frequentado da cidade, a julgar pelas kilométricas filas de espera era aquele que vemos na imagem. Ainda bem que o cheiro ficou lá...

FOUR DAYS IN THE "MERDE" II
A minha dolorosa experiência de quatro dias, qual purgatório antecipado teve também alguns, embora poucos, pontos altos. Um deles foi na minha visita ao Louvre, verificar que a majestosa Vitória de Samotrácia que os franceses colocam em grande destaque, talvez pensando ou querendo fazer os incautos pensar que ela afinal não foi roubada às águas do mar Egeu; mais grave do que isso, cortaram-lhe a cabeça, talvez para a trazer no barco do saque, mas com uma das mãos que também aparece exposta no mesmo museu esta indica aos ditos piratas o seu caminho: allez au ... (a figura diz tudo).

Monday, October 09, 2006


FOUR DAYS IN THE "MERDE"
É verdade, hoje deixo o meu alemão de lado, a língua dos visigodos eoutros "bárbaros" e vou falar da minha dolorosa experiência na terra dos verdadeiros bárbaros e defensores da europa, com letra pequena, claro. Só tive pena de não ter prestado a minha homenagem a Ignace Broche, genial artista e cientista da rive gauche parisiense do século XVIII.Para todos fica a minha primeira imagem da cidade, capital de França, onde vi poucos franceses, diga-se de passagem.

Friday, September 29, 2006


TRINK-VÁSSER
Continuamos na Alemanha, na terra da água de colónia, mas também na terra da cerveja ou se quiserem da Bier, mas convenhamos, a cerveja lusitana é bem melhor que a Kolsch; imaginem que até eu tive saudades de uma Sagres (como é que isto é possível!!!). Quando forem à Alemanha, bebam cerveja(pois toda a gente bebe Bier), mas não peçam Kolsch(de que junto um exemplo para vossa ajuda).Além de ser uma scheiBe, o único efeito que tem é pinkel.

Auz-chlisslich fiur bevôner

ÜBERTREIBUNG

Quando se fala com paisicaico deve-se pedir com moderação, ou digamos, sem exageros, se não pode dar nisto. Dá que pensar; a propósito, esta senhora petrificada é minha contemporânea.

vasz fiur ain gliuc ou vasz fiur ain péch

KÖLNISCH WASSER:
A água de colónia existe mesmo e até cheira bem. Desenganem-se aqueles que acham que a água de colónia cheira a lavanda ou a super pop limão. Cheira bem e recomenda-se e já agora aqui vai um pouco de história para vosso cultivo.

In das Geschäft trat 1714 sein Bruder Johann Maria Farina, der Parfumeur ein. Seine Mitgift war seine "Nase".
Bevor wir in der Historie der FARINA EAU DE COLOGNE weitergehen, eine kleine Einführung in die Welt der Gerüche, wie wir Duft, Geruch aufnehmen.

Geruch ist objektiv, Duft ist subjektiv.
Ob wir etwas als Duft empfinden oder Gestank hängt mit unserer Entwicklung seit der Geburt zusammen. Der Säugling kann nicht unterscheiden zwischen guten oder schlechten Gerüchen. Erst im Laufe seines Lebens lernt er zu differenzieren.

Geruch wird das Ordnungssystem – (vergleiche Brot und Benzingeruch) - Duft die Grundlage seines Wohlbefindens.
Duft ist immer eine soziale Einordnung - Duft ist Urbedürfnis des Menschen - sich mit duftenden Ölen, Wachsen und Harzen zu umgeben - sich der Umwelt angenehm zu machen, ein Traum der Menschen.
(Prof.T.Farina: Duft ein Urbedürfnis des Menschen, CIDESCO World Congress,1990 Amsterdam)

Die Geschichte der EAU DE COLOGNE handelt davon.

Und hier nochmals allgemeine Historie über den Gebrauch von Essenzen, Spezereien und Wässern um 1700. Gehen wir heute auf einem marokkanischen oder ägyptischen Markt zum Parfumhändler, so haben wir ungefähr – mit Ausnahme des Klimas – die Situation des Marktes in Deutschland um 1700. Jeder Händler hatte seine Kompositionen unter den vielen Sammelbegriffen wie Ungarisch Wasser, Eau imperiale, Engelswasser und Aqua mirabilis, dessen Hersteller unbekannt ist
. Ver mais em:



Wann, wie Sie zu belästigen

Paisicaico esteve na Alemanha, em Köln e trouxe uma imagem à sua medida, à medida de Paisicaico. Apreciem

Wednesday, September 27, 2006


Berühmtheit: Compreendo a vossa dificuldade em entender este intróito no Paisicaico, mas um qualquer dicionário de alemão concerteza vai ajudar os que ainda me conseguem estar a ler. Pois é, Paisicaico é uma Berühmtheit lusitana de antanho, uma Gottheit, que alguns estudos na Torre do Tombo, que me fizeram crescer as sobrancelhas, levaram à conclusão tratar-se de uma Gottheit da Rute ou se quiserem, da Gerte; por isso, para todos os que admiram ou anseiam as graças de Paisicaico, para todos vós é este blog.