Saturday, December 08, 2007


DA MINHA JANELA V


Neste profícuo mês de Dezembro, depois de uma deabulação pelo vocabulário, volto a olhar Da minha janela, desta vez sobre Colónia em Setembro de 2006.


Eichhörnchen

No ano passado estive em Colónia, na Alemanha e confesso que fiquei agradavelmente surpreendido com o que vi. Foi a minha primeira viagem à Alemanha e a ideia que eu tinha do país e dos seus habitantes era completamente diferente daquilo que vim a verificar com os meus próprios olhos. Às vezes fazemos uma ideia de determinada coisa ou até de uma determinada pessoa – para sermos mais abrangentes – e depois a realidade vem contra aquilo que nós tínhamos por adquirido.
Em relação à Alemanha e aos alemães, confesso que não tinha uma grande simpatia idealizada pelo país ou pelo seu povo mas, em apenas quatro dias, pude modificar por completo esta ideia negativa, por um lote muito variado de razões.
Em primeiro lugar, a organização. A organização de uma cidade com cerca de um milhão de habitantes é uma coisa extraordinária, pelo menos para quem vem de um país como Portugal; tudo parece funcionar sobre rodas, sem atropelos, sem constrangimentos de trânsito e, curiosamente com um metro de superfície eficientíssimo que percorre quase toda a cidade em várias linhas, não se notando qualquer problema com o tráfego rodoviário ou com as bicicletas que também têm, em toda a cidade, lado a lado com os automóveis, as suas vias de tráfego, que diga-se de passagem é bastante intenso.
Em segundo lugar, a segurança. De dia ou de noite, mesmo não se vendo um polícia, sentimo-nos seguros e isso é uma coisa que nos deixa tranquilos e nos faz desfrutar ainda melhor da nossa estadia.
Depois a simpatia das gentes. Há quem diga, talvez as más-línguas, que os alemães fizeram um grande esforço para bem receber durante o mundial de futebol, o que também terá contribuído para o sucesso do evento. Mas não é concerteza só isso, pois onde quer que fossemos, víamos a amabilidade das pessoas e mesmos com aqueles com quem que era difícil entendermo-nos devido à barreira da língua a conversa ia fluindo num ambiente sempre acolhedor para o forasteiro.
E depois a cidade, cujas expectativas à partida não eram muitas para além da sua famosa catedral e do conhecido rio Reno. Pois mesmo a cidade me surpreendeu: a catedral, com os seus seis milhões de visitantes por ano, é fantástica, mas em termos monumentais Colónia não fica por aqui, nomeadamente em relação à arquitectura religiosa com as suas doze igrejas românicas cuja monumentalidade é apenas ofuscada pela grandeza da catedral. Há também museus a não perder, onde curiosamente se podem tirar fotografias (!), dos quais vou apenas citar um, não por ser o mais importante concerteza, mas pela sua peculiaridade que é o museu Farina, berço da universalizada água de colónia que ainda é hoje produzida e convenhamos tem um cheiro bastante agradável.
E há também o parque da cidade, mistura de lagos, jardins e pequenos bosques, onde se respira tranquilidade, junto á mais antiga universidade alemã, que fica mesmo ali ao lado, compartilhando com a cidade e os seus habitantes e visitantes aquele pedaço de natureza.
Vamos finalmente ao estranho e ininteligível título desta minha crónica – eichhörnchen – ou seja, esquilo em alemão que cientificamente é conhecido como sciurus vulgaris. E porquê? Porque durante a minha agradável estadia naquela aprazível cidade alemã, estando eu a tomar o pequeno almoço, olho pela minha janela e vejo no parque fronteiro ao hotel, junto a uma árvore, um esquilo, que convenhamos não é um animal que estejamos habituados a ver nas nossas cidades, a deambular por ali. Foi uma visão magnífica que me vai ajudar a lembrar de Colónia, com carinho…

2 comments:

Baruq said...

é melhor não ires mais a frança,senão ainda começas a falar bem deles.

Baruq said...

é melhor não ires mais a frança,senão ainda começas a falar bem deles.