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Da minha janela vou agora até Valência, que vale a pena visitar
DA MINHA JANELA
Afinal onde está o rio?
Da minha janela, vejo agora, do outro lado da rua um reclamo luminoso que diz Torrié, o café. Não sei porquê isto faz-me lembrar Espanha e, a última vez que passei a fronteira virtual entre os dois países ibéricos foi para participar, como convidado em Valência, no I Congresso Ibérico de BAHA (um tipo particular de prótese auditiva).
À margem das sessões de trabalho fomos levados numa pequena visita guiada à cidade, que por sinal é bem grande e uma coisa que me deixou curioso foi atravessarmos várias vezes um rio, de uma margem para a outra, através de diversas pontes, mas um rio que não tinha água. Em vez de água, havia jardins, campos de jogos, pistas para desportos radicais, ciclovias, museus, auditórios ao ar livre, passeios e uma infinidade de outras coisas, algumas até com água (ou não estivéssemos nós num rio), o que me levou a perguntar: afinal onde está o rio?
- Ah, o rio! – foi-me respondido com espanto - não sabe? Como tinha pouca água, por um lado, e por outro como causava regularmente grandes inundações (o que parece contraditório, mas era a realidade) há muitos anos os valencianos desviaram toda a sua água para um novo canal fora do perímetro urbano abrindo assim um enorme espaço que atravessa toda a cidade de Valência e que permite a realização de actividades desportivas, lúdicas, culturais ou simplesmente ambientais.
E posso dizer que a ideia é no mínimo original, mas é um pouco estranho, pelo menos para quem não está habituado, passar uma ponte sobre um rio (ainda nomeado em muitas delas) e em vez de água, barcos ou talvez mesmo ilhas, ver árvores, ruas, balizas, casas e outras coisas de forma difícil de nomear e sobre as quais me vou debruçar um pouco, já a seguir.
É que seguindo o curso do que já em tempos foi o rio Túria, quase ao chegar à foz, o seu leito alarga-se e surge à vista de todos, como se de gigantes barcos se tratassem, uma série de enormes edifícios de cor branca, com formas de aspecto arredondado, elaborado, suavizado ao olhar e, em alguns casos manifestamente fantásticas, em todas as acepções desta palavra. Trata-se da futurista Ciudad de las Artes y las Ciências, a mais arrojada intervenção urbanística da cidade feita pela mão de mestre do arquitecto Santiago Calatrava (que também desenhou a Gare do Oriente em Lisboa), filho da terra (nasceu e viveu em Benimamet, uma pequena povoação próximo de Valência), onde se erguem edifícios de aspecto futurista, parecendo retirados de um filme de ficção científica.
Vale a pena visitar e ver a calma e tranquilidade que nos transmitem aquelas verdadeiras obras de arte que encerram dentro de si por exemplo, o Museu das Ciências Príncipe Felipe, o Palácio das Artes ou o Parque Oceanográfico – uma autêntica cidade submarina com 80.000 m² - e cujo conjunto se funde numa imagem de grande beleza visual. E para quem não tiver a oportunidade de visitar Valência ao vivo, as novas tecnologias permitem fantásticas viagens virtuais que aconselho vivamente a experimentarem pois certamente não se irão arrepender.
E alguns, menos avisados, irão perguntar como eu:
- Afinal onde está o rio?
Afinal onde está o rio?
Da minha janela, vejo agora, do outro lado da rua um reclamo luminoso que diz Torrié, o café. Não sei porquê isto faz-me lembrar Espanha e, a última vez que passei a fronteira virtual entre os dois países ibéricos foi para participar, como convidado em Valência, no I Congresso Ibérico de BAHA (um tipo particular de prótese auditiva).
À margem das sessões de trabalho fomos levados numa pequena visita guiada à cidade, que por sinal é bem grande e uma coisa que me deixou curioso foi atravessarmos várias vezes um rio, de uma margem para a outra, através de diversas pontes, mas um rio que não tinha água. Em vez de água, havia jardins, campos de jogos, pistas para desportos radicais, ciclovias, museus, auditórios ao ar livre, passeios e uma infinidade de outras coisas, algumas até com água (ou não estivéssemos nós num rio), o que me levou a perguntar: afinal onde está o rio?
- Ah, o rio! – foi-me respondido com espanto - não sabe? Como tinha pouca água, por um lado, e por outro como causava regularmente grandes inundações (o que parece contraditório, mas era a realidade) há muitos anos os valencianos desviaram toda a sua água para um novo canal fora do perímetro urbano abrindo assim um enorme espaço que atravessa toda a cidade de Valência e que permite a realização de actividades desportivas, lúdicas, culturais ou simplesmente ambientais.
E posso dizer que a ideia é no mínimo original, mas é um pouco estranho, pelo menos para quem não está habituado, passar uma ponte sobre um rio (ainda nomeado em muitas delas) e em vez de água, barcos ou talvez mesmo ilhas, ver árvores, ruas, balizas, casas e outras coisas de forma difícil de nomear e sobre as quais me vou debruçar um pouco, já a seguir.
É que seguindo o curso do que já em tempos foi o rio Túria, quase ao chegar à foz, o seu leito alarga-se e surge à vista de todos, como se de gigantes barcos se tratassem, uma série de enormes edifícios de cor branca, com formas de aspecto arredondado, elaborado, suavizado ao olhar e, em alguns casos manifestamente fantásticas, em todas as acepções desta palavra. Trata-se da futurista Ciudad de las Artes y las Ciências, a mais arrojada intervenção urbanística da cidade feita pela mão de mestre do arquitecto Santiago Calatrava (que também desenhou a Gare do Oriente em Lisboa), filho da terra (nasceu e viveu em Benimamet, uma pequena povoação próximo de Valência), onde se erguem edifícios de aspecto futurista, parecendo retirados de um filme de ficção científica.
Vale a pena visitar e ver a calma e tranquilidade que nos transmitem aquelas verdadeiras obras de arte que encerram dentro de si por exemplo, o Museu das Ciências Príncipe Felipe, o Palácio das Artes ou o Parque Oceanográfico – uma autêntica cidade submarina com 80.000 m² - e cujo conjunto se funde numa imagem de grande beleza visual. E para quem não tiver a oportunidade de visitar Valência ao vivo, as novas tecnologias permitem fantásticas viagens virtuais que aconselho vivamente a experimentarem pois certamente não se irão arrepender.
E alguns, menos avisados, irão perguntar como eu:
- Afinal onde está o rio?
"A ciência desenha a onda; a poesia enche-a de água"
Teixeira de Pascoaes
1 comment:
Que Dezembro inspirado,heim?
Gostei muito... até tenho vontade de ir a Valência e ao Marco!( à degustação é que nem por isso!!) Abraço Zé Pedro
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