![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRtMtNSncwgDFXDpts7hR2cCuuKqd8xlaElQrdWX7dxpVSxL-8OevW79ONFn7iYetRjjWTQOjGeqcteDsZMuaXNx4z2PbsUaZB_rpfMN88XEB5Ijl0UwjJQO6SkgTysh6Y8_hs/s320/castrodelanhosocapacete.jpg)
CASTROS
Há algumas semanas passei uns dias pelo Minho e passando na Póvoa de Lanhoso, visitei o célebre roqueiro onde se encontra o castelo, que segundo a lenda, albergou D. Teresa, mãe do nosso primeiro rei, que para aí terá sido desterrada após a derrota na batalha de S. Mamede que nos iria garantir a nacionalidade. Existe outra lenda ligada ao castelo, bem mais tenebrosa: sendo seu alcaide Gonçalves Pereira de Barredo e ausentando-se por duas semanas, quando voltou teraá encontrado a mulher em adultério flagrante com um frade de Bouro, seu confessor. Louco de raiva mandou o alcaide trancar o castelo e deitar-lhe fogo, queimando vivos todos os que lá se encontravam pois os considerava cúmplices do adultério, sabendo o que se passava e sem nada lhe denunciarem...
Mas, lendas à parte lá fomos subindo até ao castelo, passando sensivelmente a meia encosta pelos vestígios do castro de Lanhoso ou "Laginoso", um núcleo de estruturas bem conservadas e sinalizadas, dispondo de uma área de estacionamento e sinalização vertical que disponibiliza informações ácerca do local e uma planta detalhada das ruínas.
Mais acima, ao chegar ao castelo deparamos com um prequeno núcleo museológico, muito bem organizado onde nos foi permitido observar e fotografar o capacete de bronze em excelente estado de conservação, contemporâneo da cultura castreja e que vale a pena observar.
Foi aqui que juntamente com a bibliografia sobre as terras e o castelo de Lanhoso, encontrei uma obra de rara beleza e singularidade por quem se interessa pela cultura castreja. Trata-se do "Guia dos Castros da Galiza e Noroeste de Portugal" editado pela ADRAVE (agência de Desenvolvimento Regional do Vale do ave, S.A.) em Junho de 2006 com uma tiragem de 750 exemplares, integrado no projecto CASTRENOR (Cultura Castreja do Noroeste Peninsular, formada pela Adrave, Universidade do Minho, Câmara Municipal de Monção e Xunta de Galicia). É uma publicação excelente que como dizem os seus autores "tem uma virtude inegável: pela primeira vez podem-se encontrar, numa única publicação, castros de ambos os lados da actual linha divisória entre a Galiza e Portugal. Nesse sentido constitui um avanço importante sobre outras publicações precedentes por explicitar, de forma conjunta, a realidade cultural que, há mais de 2000 anos, esteve presente nos nossos territórios."
"O livro é um mestre que fala mas que não responde"
Platão
No comments:
Post a Comment